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Sou uma pessoa que ama a vida, a família e os amigos. Funcionária pública e estudante do curso de pedagogia da UNEB-Universidade do Estado da Bahia/Campus X -Departamento de Educação.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

RESUMO: MEKSENAS, Paulo. Pesquisa social e ação Pedagógica: Conceitos, Métodos e Prática _ Editora: Loyola, São Paulo, 2002.

Ao escrever o livro o autor quis mostrar que a educação aparece juntamente com o trabalho, como atividade importante no processo das formações sociais, o ser humano desenvolve-se por meio de interações, ele age a favor ou contra a sua espécie para assim garantir a sua sobrevivência e a do coletivo. Mediante de suas ações no mundo, os homens passam a fornecer e apontar o que conhece por civilização, que no contexto social é a possibilidade de a humanidade produzir a história com situações ainda nunca vista que partem de outras mais antigas. Nesse processo de civilização, a educação cumpri o papel principal. Segundo Pimenta o que estabelece uma diferença entre a pedagogia das demais ciências é o fato da pedagogia interpretar a educação, compreender vários aspectos, como o próprio aluno, o saber, o professor e a situação institucional da escola, que em outras ciências não é possível ver. O autor nos deixa bem claro que na formação do pedagogo é necessário que o haja pesquisa, pois a pesquisa é a capacidade de produzir um conhecimento específico e a compreensão de determinado fato, fenômeno ou relação social. A pesquisa também é fundamental na educação escolar, assume a capacidade de criar mediações e interações que envolva o sujeito do ensino aos sujeitos da aprendizagem. Meksenas coloca que ser pedagogo é ver-se crítico de contextos sociais e econômicos, que discuta em prol da escolarização pública, democrática e de qualidade. Colocou que o pedagogo em formação procurasse não ser presa fácil das concepções que uma vez superestimam e outras vezes subestimam a educação escolar. Bachelard nos mostra que todo pesquisador e todo professor podem escolher ser apenas pesquisador, ou apenas professor. No entanto uma ciência para a democracia só é possível quando todo pesquisador se reconhece como professor e, do mesmo modo, todo professor se reconhece como pesquisador. Segundo o autor quando lutamos por fazer pesquisa, fazer educação escolar o primeiro passo é lutar contra a hierarquização entre o trabalho manual e intelectual, contra o método único, enfim contra a pedagogia única. É preciso lutar por fazer ciência e pesquisa de modo indissociável do processo de sua socialização na educação escolar. Portanto somente em uma sociedade onde não reina a dominação de classe poderá verdadeiramente reconhecer que toda pesquisa da educação deve ordenar-se a um projeto de sociedade, uma vez que a pedagogia social é uma pedagogia socialista.

SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E ESCOLA.

Em uma sociedade organizada existe pessoal que não adaptam a certa ordem imposta, surgindo assim os conflitos que são inevitáveis. Para resolver tal problema, Durkeim coloca que existe um fator importante que pode de certa forma integrar o indivíduo à sociedade, nesse caso Durkheim estava falando da Educação que aparece na sociedade como o papel de evitar a contradição entre os interesses pessoais e os sociais. Segundo Durkeim, Paulo Meksenas, p.40 A educação, ao socializar o indivíduo, mostra que sozinho, o ser humano não sobrevive, e que para conviver na sociedade é impossível sem a educação. Para Mannheim a sociedade, educação e a escola também se enquadram no pensamento conservador, segundo ele não é preciso mudar a sociedade para um novo modo de vida, mas que a sociedade capitalista, sendo bem planejada seria democrática possibilitando assim oportunidades para todos. Mesmo a escola dando oportunidade às crianças das classes menos favorecidas a estudarem, está longe de essas crianças terem a mesma oportunidade que as crianças das classes dominantes, as nossas crianças tem dificuldade na aprendizagem, devido ao meio que vive o que é ensinado não é vivo por elas. Não é a mesma linguagem usada no seu dia-a-dia, ao contrário das crianças das classes dominantes que convive com a linguagem em todo momento. Exemplo disso foi às visitas que nós alunos do curso da pedagogia fizemos as escolas, vimos que nas escolas particulares as crianças tinham acesso aos melhores livros, uniformes padrões (limpos e em bom estado), materiais escolares de primeira qualidade, professores capacitados e auxiliares para ajudá-los, uma excelente estrutura com piscina, quadras, biblioteca, laboratórios de informática, enfim muitos atrativos para levar aos alunos a uma excelente aprendizagem, ao contrário das crianças dos bairros pobres de nossa cidade, que vão para a escola com fome, mal vestida, com um chinelo de uma “cor e outro de outra cor”, ou com sapatos em péssimo estado, muitas vezes com cadernos usados, por não ter condições de comprar novos, e se depara com uma sala de aula em péssimas condições e professores mal preparados. Essa criança não tem como conseguir competir para entrar na universidade, para conseguir um bom emprego, então surge o que foi colocado por Paulo Freire, Cuidado escola, p.36,39. “A escola reproduz a divisão da sociedade em categorias sociais distintas”. “apesar de toda boa vontade e de todo o esforço de alguns professores, a realidade é que é o próprio funcionamento da escola que seleciona e elimina”. Nos anos 70 de acordo as pesquisas cerca de 50% dos alunos das escolas primárias se encontravam em condições de semianalfabetismo ou de analfabetismo, sem levar em contas as crianças que em idade escolar se encontra fora da sala de aula se envolvendo no mundo da criminalidade, o que acontece ainda hoje com nossas crianças que por está fora da escola acabam se envolvendo em pequenos crimes e se aprofundando cada vez mais ao ponto de muitos perderem as suas vidas ao decorrer disso. Para explicar à questão da marginalidade as teorias educacionais classificam em dois grupos, onde o primeiro coloca que a educação é um instrumento de equalização social, sendo uma das formas de superação da marginalidade. No segundo grupo a teoria coloca que a educação é um instrumento de descriminação social, um fator de marginalização, devido as classes dominantes deter maior força, apropriando dos resultados da produção social, tendo conseqüência levar os demais à condição de marginalizados. Nesse sentido a educação, longe de ser um instrumento de superação da marginalidade, se converte num fator de marginalização.
Bibliografias:
FREIRE, Paulo. Cuidado, Escola! . 32ª ed.
MEKSENAS, P. Sociologia da Educação: Introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. 11ª. ed. São Paulo: Loyola, 2003. p.13 -38 .
SAVIANI. D. Escola e Demografia. Ed. Cortez Editora. Campinas, SP 31 ed. 1997.

As tendências pedagógicas.

As tendências pedagógicas se destacam em três, a pedagogia tradicional, a pedagogia nova e a pedagogia tecnicista. Em relação às práticas pedagógicas na escola brasileira, dificilmente encontraremos umas das três tendências, sendo aplicada na sua totalidade e exclusiva. Saviani coloca que na pedagogia tradicional o professor tinha o papel principal, cabia ao aluno assimilar os conhecimentos que lhes são transmitidos. Porém a pedagogia tradicional não obteve tanto sucesso, nem todos nela ingressaram e mesmo os que ingressaram nem sempre eram bem sucedidos e nem todos os bem-sucedidos se ajustavam ao tipo de sociedade que se queria consolidar. Daí surge as críticas à pedagogia tradicional, onde aos poucos foi dado origem a uma outra teoria da educação. A pedagogia Nova que efetua a crítica da pedagogia tradicional, colocando uma nova maneira de interpretar a educação. Segundo a nova teoria a marginalidade deixa de ser vista sob o ângulo da ignorância, ou seja, o não domínio de conhecimento o marginalizado deixa de ser o ignorante e passa a ser rejeitado. A marginalização não pode ser explicada pelas diferenças entre os homens como era defendido pela pedagogia tradicional, pois cada indivíduo é único. A educação será um instrumento de correção da marginalidade na medida em que contribuir para a constituição de uma sociedade cujos membros, não importam com as diferenças na sua individualidade. Essa teoria trata de uma teoria que considera que o importante não é aprender, mas aprender a aprender. Já escola nova veio com a idéia de revolucionar o ensino, porém para esse tipo de funcionar de acordo, foi exposta a pedagogia nova, a organização escolar teria que passar por uma leve reformulão. A escola nova não conseguiu alterar o panorama organizacional dos sistemas escolares, pelo fato de ter um custo bem mais elevado que o da escola tradicional. Portanto a “Escola Nova” organizou-se basicamente na forma de escolas experimentais. Porém, as idéias foram difundidas causando assim conseqüências nas redes escolares oficiais organizadas na forma tradicional, provocando a despreocupação com a transmissão de conhecimentos, o rebaixamento ao nível de ensino que era destinada as classes populares. E por outro lado aprimorou a qualidade do ensino para as classes dominantes. Em vez de resolver o problema da criminalidade ao gravou mais ainda. Daí surge à pedagogia tecnicista, que defende a reordenação do processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. Se na pedagogia tradicional a iniciativa cabia ao professor que era ao mesmo tempo o sujeito do processo, o elemento decisivo, se na pedagogia nova a iniciativa desloca-se para o aluno, situando-se como o motor principal, já na pedagogia tecnicista o elemento principal e a organização racional dos meios, onde o professor e os alunos ficam em posições secundarias rejeitados na condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas habilitados. Na pedagogia tecnicista é o processo que define o que os professores e alunos devem fazer, e quando devem fazer.

A Didática e a Metodologia

No processo educativo temos como fatores importantes no ensino-aprendizagem: a didática e a metodologia. Sendo que muitas vezes são confundidas.
Didática, por sua vez é a arte de ensinar e de fazer aprender, é o conjunto de preceitos que têm por fim tornar o ensino prático e eficiente. É entendida como área do conhecimento que tem por finalidade o estudo do processo de ensino-aprendizagem, sendo responsável pela estruturação e o funcionamento de novas docências. Tem como tarefa estudar a finalidade da educação, os conteúdos de ensino, as atividades dos professores e os materiais de aprendizagem. É uma ciência auxiliar da pedagogia que promove os métodos mais adequados para a aprendizagem.
Já a metodologia é o método aplicado a qualquer projeto, é o método de fazer outra pessoa aprender, ou seja, o método didático. É a maneira adotada na aplicação dos conteúdos. É a arte de dirigir as pessoas ao encontro do conhecimento.
Basicamente, a diferença é que a didática é uma ciência utilizada para se fazer com que outra pessoa entenda o que você tem para ensinar. A metodologia é a forma como se faz isso, mas a metodologia não é necessariamente didática, existem métodos para milhões de coisas, a didática é voltada apenas ao ensino.

RESUMO: BUFFA, Ester: Educação e Cidadania Burguesa.

A autora ao iniciar problematiza a questão cidadão e cidadania, que trazem as nossas lembranças os Direitos dos Homens e os Cidadãos, declarações essas que surgiram no processo da Revolução Francesa quando os burgueses derrubaram a nobreza e conquistaram o poder. Onde o cidadão pleno é o proprietário. Essa burguesia defendia a cidadania, proposta pra todos. A autora nos questiona o porquê o emergente projeto burguês de sociedade necessita da educação e da cidadania e de que se trata? Ao decorrer veremos que essas declarações que são de interesse de um todo, passam a ser de interesse de alguns, restringindo apenas a burguesia. Com as transformações que os homens sofreram, surgiu à mudança no mundo do trabalho, os homens começam a produzir de outra forma a sua vida material, fazendo com que tivesse novas formas de relações sociais. Daí surge os trabalhos artesanais, a manufatura se expande aumentando cada vez mais a necessidade de produção de mercadorias organizada pela manufatura. Diante disso, surgem transformações que coloca o trabalho sob novas bases, transformando as relações de propriedade e mudança nas relações entre trabalhador e empregador. Isso acontece devido às mudanças econômicas e a necessidade do trabalho. Os elementos fundamentais para a manufatura se resumem em o trabalhador e a ferramenta, ferramenta que não mais pertence ao trabalhador e sim do capitalista que o emprega, a autora coloca que ele pode ser um trabalhador livre, uma vez que dispõe da sua força de trabalho como mercadoria ou não ter nenhuma outra mercadoria para vender, ele passa a ser um trabalhador livre e desprovido das coisas necessárias para a realização de seu trabalho. O trabalhador também pode ser um trabalhador parcelar, onde a produção de algumas mercadorias é dividida em partes diferentes, na qual a produção é fragmentada, cada trabalhador produz uma determinada “parte”. Buffa coloca que a manufatura é revolucionária à medida que, dividi o trabalho em parcelas e desapossa o trabalhador, criando aí condições para um momento posterior. Torna-se insuficiente, e é substituída pela grande indústria moderna, que seu instrumento de trabalho por excelência é a máquina, com ela aparece à forma de produção capitalista, onde o trabalhador deixa de ser um mecanismo vivo e é incorporado a um mecanismo morto que existe independente dele, a máquina passa a substitui o homem. Nessa etapa não existem mais hierarquias e segredo de ofícios, a máquina iguala todos os trabalhadores, pois para trabalhar com a máquina basta somente ser homem, isso nos mostra claramente que todos passaram a estar em um mesmo degrau. A experiência adquirida pela prática utilizada nas manufaturas, é agora substituída pela ciência. Essas transformações na produção da vida material provocam transformações na organização política, políticas essas que segundo Maquiavel é um jogo de interesses. Descartes, no discurso do método destrói esse mundo que a igreja católica cria, onde o poder é centrada na igreja, ele fala da experiência humana e da necessidade de criar leis e métodos. Esses métodos que vão sustentar a nova ciência que temos hoje, que propõe a fragmentação da vida para entender o objetivo de cada parte. Já Locke coloca que cada homem é proprietário de si e de seu corpo, e que o homem se apropria das coisas pelo trabalho, percebe que o capitalista compra o trabalho e não o trabalhador. Marx ao analisar com maior profundidade o processo do trabalho, radicaliza a questão da igualdade posta pelo liberalismo, ele coloca que a força de trabalho torna-se uma mercadoria, que é vendida por certo preço que varia de acordo com as leis do mercado. Sendo que de posse dessa mercadoria, o capitalista vai utilizá-la na produção de uma nova mercadoria, aumentando assim a sua riqueza. Para ele quem deveria obter a riqueza era o trabalhador, pois quem produz é o trabalhador. Comenius é um pensador da fase inicial do capitalismo e as categorias que pode entendê-lo é a manufatura, a divisão parcelar do trabalho, a ciência experimental moderna. Para ele a educação é para todos, porém há um contraditório, não são todos que tem acesso à educação. Para os burgueses em seu discurso pedagógico, diz que a educação de base é para todos porque há uma igualdade natural entre os homens, essa educação que forma o cidadão. A nova ordem econômica da manufatura não exige o trabalhador qualificado, exige o trabalhador disciplinado e zeloso. A burguesia cresceu e se consolidou, conquistou espaço na política e instaurou a democracia burguesa cujos seus primeiros sinais foram a Declarações dos Direitos do Homem e do Cidadão, onde enuncia os direitos naturais do homem como a liberdade, propriedade, igualdade perante a lei, que serviu de base para a Constituição de 1791. No pensamento burguês há uma separação em proprietários e não-proprietários, nesse caso só os proprietários é que tem direito a plena liberdade e cidadania, já pra os não-proprietários cabe uma cidadania de segunda ordem, enquanto cidadão passivo terá direitos à proteção de sua vida, sua liberdade e sua crença. Dessa forma entende que a educação dos trabalhadores pobres tem por função disciplinar para a produção. No Brasil, país capitalista que é identificado como uma sociedade autoritária e hierarquizada, onde os direitos do homem e do cidadão não existem, não existe pra elite uma vez que não precisa, pelo simples fato de ter privilégios, não existe também para a maioria da população que são os despossuídos, pois suas tentativas de conseguir sempre são interpretadas como caso de policia e tratado com todo rigor.

Resenha: A Educação para além do capital. MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

Em um primeiro momento o autor faz um relato de sua vida e de sua obra. O livro “A educação para alem do capital” de István Mészáros foi escrito para a conferência de abertura do Fórum Mundial de Educação em 2004, o filósofo húngaro e marxista, professor emérito da Universidade de Sussex, filho de mãe operária, nascido em 1930, na Hungria, aos doze anos de idade começou a trabalhar como operário em uma fábrica de aviões de carga, tendo que mentir a idade em quatro anos para conseguir o emprego de operário. Voltando a dedicar aos estudos só após a Segunda Guerra, tornando assistente de Lukács na Universidade de Budapeste no ano de 1951. Onde seria sucessor de Lukács na Universidade, mas com a invasão das tropas soviéticas o forçou a sair do país. Passando a ser em 1970, um dos mais importantes pensadores da atualidade. Sua vida sofrida como operário contribuiu para a compreensão da educação como forma de superação das dificuldades. Afirma que a educação não deve capacitar as pessoas para o mercado de trabalho, e sim capacitar para a vida. Mészáros sustenta que a educação deve ser contínua, se isso não acontecer não é educação.
Em a educação para além do capital, Mészáros mostra aos educadores uma lição sobre o papel da educação, e suas possibilidades em contribuir na mudança social, bem como na manutenção da sociedade, coloca que pensar a sociedade tendo como parâmetro o ser humano tem que superar a lógica desumana do capital que tem seus fundamentos, no individualismo, no lucro, e na competição.
Com a experiência que teve durante longos anos de estudo, cita desde Paracelso a Fidel Castro, passando por Adam Smith, John Locke, Robert Owen e outros, Mészáros recorre aos argumentos de Marx e Gramsci, faz uma análise histórica e coloca que os fatos e dados são os que menos importam das idéias que orientaram as políticas educacionais no capitalismo. Como educador acredita na educação como possibilidade de mudança, mas deixa claro que a educação por si só, não é capaz de mudar, ou seja, transformar a sociedade.
Em um outro momento Mészáros trata da necessidade de mudanças, que deve ser essenciais e não formais, onde é fundamental a alteração do sistema de internalização da posição em que os indivíduos estão na hierarquia social. Nesse caso, cabe analisar se os processos de aprendizagem têm sido capazes de desenvolver a auto-realização dos indivíduos ou se a ordem social alienante do capital tem o limitado. Partindo da idéia de que na tradição marxista a auto-alienação do trabalho é encarada como uma tarefa educacional, onde o autor defende uma sociedade de produtores livremente associados, pois o papel da educação é fundamental, seja para mudar as condições de reprodução, ou seja, para mudar os indivíduos com o objetivo de concretizar uma nova ordem social.
A concepção de uma educação que vá além do capital está fundamentada em uma ordem qualitativamente diferente, o sistema do capital consiste na alienação de mediações de uma segunda ordem que são impostas e que sem elas não conseguiria sobreviver. Essas mediações seria o Estado, o trabalho a partir de sua subordinação ao capital e a relação de troca orientada para o mercado. Para uma nova realidade composta por indivíduos livremente associados, o autor aponta a automeditação, de forma inseparável do autocontrole e da auto-realização, atingindo assim por meio da liberdade e da igualdade.
István Mészáros em Educação para além do capital desperta em seus leitores uma nova visão de mundo, uma nova forma de compreender e de pensar.

RESUMO: BRUHNS, Turini Heloísa. O culto do corpo-prazer, o fenômeno lazer e o lúdico.


O artigo nos mostra como a sociedade tem agido mediante o avanço industrial, mudando assim seu comportamento e até mesmo aceitando situações que antes não eram aceitáveis. Vivendo de forma sufocada e stressada. E para não ficarmos pressas a tal situação é necessário que venhamos desfrutar, conhecer o verdadeiro significado do lazer. Para alguns estudiosos o lazer é um tempo livre, compensação do trabalho, reposição das forças de trabalho. Porém, para outros o lazer está presente naquele tempo disponível que resta após o trabalho. A autora faz uma rápida observação e nos mostra que esse sistema que estamos inseridos, tem utilizado esse espaço para oferecer o consumismo fácil e supérfluo. Onde a população tem aderido às práticas alienantes e conformistas, que não tem nenhum compromisso com a sociedade, deixando de compreender o lazer como um tempo de vivências transformadoras e construtivas. Seguindo esse ponto de vista as pessoas na sociedade atual, associa o lazer ao prazer. Com essas associações o corpo é apontando como “slogan” que propaga como desfrutar do prazer se tornando uma imposição. A autora faz uma breve retrospectiva para entendermos melhor o porquê dessa alta imposição ao corpo, coloca que na sociedade pré-industrial o corpo era visto e analisado como se fosse algo a ser preservado para o espírito. Naquela época havia uma alta valorização da alma, onde todos os bens eram deixados para a igreja em nome da salvação da alma e também da manutenção de uma estratificação de classes. Nesse período o trabalho e o lazer eram impregnados pela ludicidade, as atividades de produção e o trabalho misturavam-se com os jogos, músicas e festas, havia um prazer em produzir. Esses valores foram alterados quando passamos para o período industrial, onde o trabalhador tornar-se dependente do capital, livre pra vender sua força de trabalho e ao mesmo tempo subordinado ao comércio de produtos que são necessários pra a sua sobrevivência. Nisso o lazer torna-se oposição ao trabalho, os momentos livres ou disponíveis passam a ser determinado pela relação que se dar entre o capital que controla e o trabalho que aliena, com isso a ludicidade perde seu espaço no trabalho

As Dimensões Sociais do Esporte

O autor ao tratar em seu texto as dimensões sociais do esporte coloca que o esporte após a sua revolução conceitual passou a ser compreendido através de três manifestações esportivas: o esporte-educação, o esporte-participação ou popular e o esporte-performance ou de rendimento. E que como instituição social não deve ser analisada fora de suas dimensões sociais. O esporte-educação tem fugido do seu verdadeiro papel, onde as competições escolares têm se tornado competições de alto nível, perdendo o sentido educativo de ser, que é de contribuir na formação das pessoas como cidadão. O esporte-educação tem por finalidade preparar para o lazer e o exercício crítico da cidadania, de forma que evite a seletividade e a competividade. Já o esporte-participação apóia se no lazer, no lúdico e promovendo a integração social e o bem-estar social dos seus praticantes. Tem como finalidade a descontração, diversão, o desenvolvimento pessoal propiciando oportunidades de liberdade a cada praticante. Já o esporte-performance o autor coloca que exige investimento e muita organização, que por ser um esporte que gera muito investimento tem se tornado responsabilidade da iniciativa privada que propicia espetáculos esportivos, onde uma série de possibilidades negativas e positivas pode acontecer. Dentre elas a violência. Apesar do esporte de rendimento ter sido um feixe de idéias e hoje se tornou um meio de ganhar dinheiro, é necessário que esta dimensão social do esporte seja estuda a fundo, a fim de que contribua para o processo de formação do cidadão.

AVALIAÇÃO

Ao analisarmos a avaliação nas escolas nos dias atuais, podemos perceber que algumas escolas têm alterado sua forma de avaliar, mostrando que a avaliação pode ser um instrumento na qual contribui no processo ensino-aprendizagem do aluno, desde que seja feita diariamente. Era vista como forma de aprovar ou reprovar os alunos, desconhecendo a capacidade de cada um, além de julgar o seu desempenho. A avaliação deve ser vista como acompanhamento da aprendizagem, que deve ser contínua e investigativa identificando os avanços e os problemas da turma, agindo assim a avaliação torna-se uma parceira com a escola, deixando de ser uma forma injusta de avaliar a partir da nota, passando a promover o aluno o acesso ao conhecimento, dando ao professor condições de trabalhar e conhecer melhor a sua classe. A avaliação tendo um caráter de diagnosticar e de ser contínua é preciso que tomemos alguns cuidados, pois a aprendizagem é processual e os alunos precisam de tempo para exercitar suas competências e interagir com o conhecimento, é através dela que o professor tem informações sobre os avanços e as dificuldades dos seus alunos, dando condições de reprogramar suas atividades a fim de atingir suas metas curriculares. Portanto a prática de avaliar independente da forma é importante definir objetivos, tanto para o professor quanto pra o aluno, e quando feita de forma coletiva a reflexão sobre o desempenho, percebe que é mais gratificante.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Resenha: SANTOS, Berenice. Vídeo Estado de Resistência.

No primeiro momento do vídeo Estado de Resistência de Berenice Santos, a autora vem mostrando as alterações que o planeta vem sofrendo em consequência da mão do homem na natureza. Podemos notar claramente os efeitos causados pela claramente os efeitos causados pela destruição da proteção da camada de ozônio, através da emissão de fumaça pelas indústrias, quanto pela devastação das florestas pela mão do homem, seca, enchentes, derretimento das geleiras e inundações, causando um desequilíbrio total na natureza. A autora deixa claro que o homem não tem se preocupado com o futuro do planeta, e que a sua única preocupação está voltado à ambição de ter cada vez mais um aumento de lucro, em benefício próprio. Coloca que a degradação da natureza é o resultado da ganância do homem, pensando apenas no seu próprio benefício, além de certos empresários e empreendedores que atravésdo seu empreendimento degradam a natureza, sem contar com a participação de maus políticos que legislam leis em benefícios da minoria e deles próprios, e que todos possuem uma siginificativa parcela de culpa pelo o que anda acontecendo em desfavor do nosso planeta.
No segundo momento vem colocando a questão do êxodo rural e a exploração do trabalho, mostrando que os principais motivos que fazem com que os camponeses saiam do campo para as cidades, é a fuga por conta da seca e a mecanização da produção rural, em consequência disso a busca por empregos com bons salários. Causando assim, na maioria das vezes problemas sociais, devido às cidades não estarem preparada para recebê-los, e os empregos não serem suficientes para todos, passando então a trabalhar ganhando uma miséria e para aumentar a renda no final do mês trabalham o dobro sendo explorados pelos seus patrões.
No terceiro momento a autora vem tratando da tecnologia e sua sofisticação, mostrando o avanço da ciência em inventar instrumentos tecnológicos e novas técnicas com o objetivo de produzir mais e lucrar mais. Entre essas novas técnicas a autora frisou em seu vídeo a questão dos produtos transgênicos que são patenteados pelas multinacionais. A mesma coloca que o processo do agronegócio tem afetado as agriculturas familiares, fazendo com que se precam os modos tradicionais de produção. O agricultor brasileiro corre uma grande risco de se tornar escravo dessas empresas multinacionais e vítima do monopólio das sementes transgências.
No quarto momento a autora vem falando do consumismo desenfreado, que tem levado as pessoas a gastarem o que podem com a necessidade de suprir à indiferença social, a falta de recursos financeiros e a baixa auto-estima. O consumismo trás prejuízos tanto ao homem quanto ao meio ambiente que também sofre com este mal, pois o aumento desenfreado do consumo incentiva o desperdício e a grande quantidade de lixo. Em Seguida vem abordando a questão do eucalipto que vem tomando espaço, e se constituindo como uma alternativa rentável de produção, desde algumas pequenas propriedades rurais familiares até as grandes empresas.
O documentário "Estado de Resistência" é uma denúncia a esse mal que tem transformado o nosso planeta. Aponta como esse processo tem afetado a nossa biodiversidade, a nossa cultura e a sociedade. Portanto, precisamos orientar os nossos jovens e adolescentes quanto aos problemas ocorridos, buscando a solução para garantir o futuro da humanidade e para isso depende da relação que se estabelece entre sociedade/natureza, tanto na dimensão coletiva quanto na individual.

sexta-feira, 26 de março de 2010

SINDACESB: Alfabetizando do TOPA no CETAB!!!

"Quero aprender a ler e a escrever, porque não tive oportunidade de estudar quando eu era criança, trabalhava na roça, sem contar que a cidade ficava muito longe, hoje tenho oportunidade e quero aproveitar". Fala do alfabetizando.
"Como coordenadora do TOPA sinto muito alegre em contribuir no processo de ensino-aprendizagem desses jovens e adultos, vejo que pessoas com tanta experiência de vida não poderiam ficar no esquecimento, pois são pessoas que contribuíram para a nossa história." (Gleide)
"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade não muda" (Paulo Freire)


Com objetivo de alfabetizar jovens e adultos o TOPA vem proporcionando oportunidades para aqueles que não tiveram condições de serem alfabetizados quando mais jovens, e por isso o SINDACESB (Sindicatos dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias do Extremo Sul da Bahia) em parceria com a Direc firma esse compromisso em contribuir na formação desses jovens e adultos de forma justa e igualitária.