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Sou uma pessoa que ama a vida, a família e os amigos. Funcionária pública e estudante do curso de pedagogia da UNEB-Universidade do Estado da Bahia/Campus X -Departamento de Educação.

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sábado, 8 de outubro de 2011

FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO: FAMÍLIA E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM.

Gleide Cristina Barbosa de Oliveira______________________________________

Artigo: Família e Dificuldades de Aprendizagem: Uma reflexão sobre a relação pais e filhos.________________________________________________________

EQUIPE EXECUTORA_______________________________________________

PEREIRA, A. C. S.; AMBRÓZIO, C. R.; SANTOS, C. N.;BORSATO, F.; FIGUEIRA, F. F.; RIECHI, T. I. J...Laboratório de Neuropsicologia – labneuro@ufpr.br; Departamento de Psicologia; Universidade Federal do Paraná.________________

RESUMO__________________________________________________________

O artigo mostra que no Brasil, cerca de 40% da população que estão nas primeiras séries escolares sofre algum tipo de dificuldade acadêmica. E que é preciso fazer uma reflexão sobre a relação entre dificuldades de aprendizagem e ambiente familiar. Os autores delimitam o tema discutindo o conceito de distúrbio e dificuldades de aprendizagem. Segundo Ciasa (2003) o distúrbio de aprendizagem caracteriza por uma disfunção do sistema nervoso central, já a dificuldade escolar está relacionada designadamente a um problema de ordem ou origem de método de ensino. Porem, Dockell e McShane (2000) assegurar que as dificuldades de aprendizagem podem ser decorrentes de déficits cognitivos que prejudicam a aquisição de conhecimentos, como também em sua grande maioria, são apenas resultantes de problemas educacionais ou ambientais que não está relacionado a um comprometimento cognitivo.

Segundo Dockrell & McShane (2000) o meio pode ser em muitos casos o fator principal do problema de uma criança, porém mesmo que não seja a única causa pode contribuir para a aquisição de conhecimento acadêmico. O meio pode ser entendido tanto como condição física na qual vive, quanto como os relacionamentos entre a criança e os demais indivíduos. São apontados alguns fatores agravantes das dificuldades na aquisição de conhecimentos, tais como o alcoolismo, as ausências prolongadas, as enfermidades e o falecimento dos pais. A separação conjugal, a violência doméstica, também tem afetado o ensino. Existem também fatores socioeconômicos dos quais os pais enfrentam sem terem condições de modificá-los. Sendo eles, as más condições de moradia, a falta de espaço, de higiene, assim como a alimentação mínima necessária para o desenvolvimento e crescimento adequado dessas crianças.

A participação dos pais nas atividades escolares é de suma importância, além das aptidões parentais. Sampaio, De Souza & Costa (2004) acreditam que é relevante realizar um treinamento de pais para que eles possam auxiliar o filho na realização adequada das tarefas de casa. Em relação às tarefas de casa os pais devem ficar atentos para condições anteriores aos comportamentos envolvidos aos estudos. As condições anteriores seria um ambiente organizado, bem iluminado, silencioso, horário fixo de estudo e material escolar completo. As respostas envolvidas compreendem a atenção às entregas das atividades e métodos adequados de estudos. E as condições após essa execução do ato de estudar deverão ser elogios e recompensas. Os familiares frequentemente culpam a criança pela dificuldade de aprendizagem. Afirmam que os filhos são responsáveis pelo problema, pois acreditam que eles não têm interesse pelos conteúdos escolares, e que são preguiçosos para fazerem as atividades, são distraídos e desinteressados.

COMENTÁRIOS____________________________________________________

O diálogo e a participação afetiva é a melhor maneira dos pais e responsáveis contribuírem no processo ensino aprendizagem de seus filhos. Expressar os sentimentos e aceitar os sentimentos de seus filhos, essa relação de trocas fará com que a criança se sinta segura independente do contexto familiar, na qual está inserida. Evitar punições, privilegiar com a utilização de recompensas aos comportamentos adequados, ignorar os comportamentos inadequados, não dando atenção a eles e sempre cumprir com o prometido são fatores que fará com que a criança cresça sendo responsável. Lembrando que a participação do casal é fundamental, para o rendimento.

RESUMO: FILME "ESCOLA DA VIDA"

O filme “Escola da vida” de Willian Dear mostra a história de um jovem professor que veio substituir um “velho” professor de história que veio a falecer, na qual era admirado por todos e que por 43 anos teria ganho o prêmio de melhor professor daquela instituição escolar. Sendo ele um jovem extrovertido e muito dinâmico despertou certa preocupação no professor de biologia que por sua vez era filho do professor Normam e candidato ao prêmio de melhor professor do ano.

O professor substituto adotara uma metodologia em que o aluno deixa de ser um mero receptor e passa a ser um aluno crítico e autônomo. Permitindo assim que os mesmos tenham direito de discutir e questionar as informações que lhe são apresentadas.

A concepção historiográfica trabalhada pelo professor D’ Ângelo é a concepção dos Annales onde o jovem professor busca elementos em diversas fontes e situações para ensinar história. Um professor idealista que vai além dos conteúdos, e com isso conquista alunos e colegas de trabalho, assustando aqueles conservadores que fazem dos alunos meros receptores, suas aulas são dinâmicas fazendo com que os seus alunos participam e aprendam.

Os dois professores trabalhavam com métodos pedagógicos completamente antagônicos, o Sr. “D” utilizava a tendência liberal renovadora e o Sr. Matt Normam a tendência liberal tradicional. Diante do sucesso conquistado pelo senhor “D” e o fracasso do professor Matt com sua forma de ensino, houve uma grande mudança na prática educativa dos professores.

A conduta do senhor “D” fez com que o professor de biologia que até então utilizava o sistema pedagógico tradicional mudasse o seu procedimento passando a adotar a mesma metodologia e concepção historiográfica que o professor D’ Ângelo utilizava.

DISGRAFIA

DISGRAFIA é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores, ou seja, todo movimento voluntário envolve um elemento de consciência perceptiva que resulta de um tipo de estímulo sensorial.
Podemos encontrar três tipos de disgrafia:
 Motora (discaligrafia): A criança consegue falar e ler, mais encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever.
 Perceptiva: Não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases.
 Disgrafia pura: é aquela que atinge a criança depois de algum trauma emocional.
Alguns tipos de letras podem indicar possíveis conflitos emocionais da criança:
• Letra pequena demais pode indicar timidez;
• Letras grandes demais pode indicar uma criança que necessita estar sempre no centro das atenções;
• Letras feitas com muita força que chegam a marcar as outras paginas do caderno, podem indicar que a criança está tensa.
Às vezes a criança chama atenção através da letra. O professor deve estar atento pra identificar a causa da não aprendizagem e pedir ajuda quando esta se fizer necessário.
A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações:
• Traços pouco precisos e incontrolados;
• Letras retocada e ”feia”;
• O espaço entre as linhas, palavras e letras são irregulares. Há uma desorganização do espaço ocupado na folha e pode-se referir a problemas de orientação espacial;
• Falta de pressão com debilidade de traços;
• Traços demasiado fortes que vinquem o papel que pode causar cansaço e lentidão na hora da escrita;
• Devido à letra ilegível há uma dificuldade de entendimento na hora da leitura por parte dos alunos e professores;
• Grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho;
• A escrita desorganizada que pode referir não só as irregularidades e a falta de ritmos dos signos, mas também a globalidade do conjunto escrito;
• Realização incorreta de movimentos de base, especialmente em ligação com problemas de orientação espacial, etc..
Sabe-se que é necessário adquirir certo desenvolvimento ao nível de:
• Coordenação visio-motora para que se possam realizar movimentos finos e precisos que exigem o desenho gráfico das letras;
• Linguagem para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da escrita;
• Da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial determinada; cada letra da palavra, das palavras na linha e no conjunto da folha de papel, assim como o sentido direcional de cada grafismo e da escrita em geral.
Tratamento
O tratamento requer uma estimulação linguística global é um atendimento individualizado complementar a escola.
 Os pais e professores devem evitar repreender a criança;
 Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista;
 Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral;
 Conscientizar o aluno de seu problema e ajuda-lo de forma positiva.
O tratamento deve feito através de uma equipe interdisciplinar (psicopedagogos, fonoaudiólogo, psicólogos, neurologistas, etc.). De acordo com alguns profissionais, a criança que tem disgrafia deve brincar com massinha de modelar, argila e pintura. Todos os exercícios que trabalham com as mãos são bons. Além dessas atividades também destaca a importância dos esportes, segundo eles ajudam muito porque trabalham a orientação espacial e a coordenação motora da criança, jogar vôlei, peteca e xadrez podem trazer grandes benefícios para a melhoria da letra, aprendendo a planejar os movimentos.

Segundo Garcia (1998), a disgrafia é uma dificuldade no desenvolvimento da escrita, mas só se classifica como tal quando, por exemplo, a qualidade da produção escrita mostra-se muito inferior ao nível intelectual de quem a produz. Quanto às outras dificuldades a escrita ruim vem associada a um baixo nível intelectual. Além disso, o mesmo autor também afirma que a disgrafia geralmente apresenta-se com outras alterações superpostas como os transtornos do desenvolvimento na leitura, transtornos no desenvolvimento da linguagem, transtornos do desenvolvimento matemático, transtornos de habilidades motoras e transtornos de conduta de tipo desorganizado.

REFERÊNCIAS

BOSSA, Nádia A. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá-las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

GARCIA, Jesus Nicácio. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Tradução de Jussara Houbert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.