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Sou uma pessoa que ama a vida, a família e os amigos. Funcionária pública e estudante do curso de pedagogia da UNEB-Universidade do Estado da Bahia/Campus X -Departamento de Educação.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Resenha: A Educação para além do capital. MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

Em um primeiro momento o autor faz um relato de sua vida e de sua obra. O livro “A educação para alem do capital” de István Mészáros foi escrito para a conferência de abertura do Fórum Mundial de Educação em 2004, o filósofo húngaro e marxista, professor emérito da Universidade de Sussex, filho de mãe operária, nascido em 1930, na Hungria, aos doze anos de idade começou a trabalhar como operário em uma fábrica de aviões de carga, tendo que mentir a idade em quatro anos para conseguir o emprego de operário. Voltando a dedicar aos estudos só após a Segunda Guerra, tornando assistente de Lukács na Universidade de Budapeste no ano de 1951. Onde seria sucessor de Lukács na Universidade, mas com a invasão das tropas soviéticas o forçou a sair do país. Passando a ser em 1970, um dos mais importantes pensadores da atualidade. Sua vida sofrida como operário contribuiu para a compreensão da educação como forma de superação das dificuldades. Afirma que a educação não deve capacitar as pessoas para o mercado de trabalho, e sim capacitar para a vida. Mészáros sustenta que a educação deve ser contínua, se isso não acontecer não é educação.
Em a educação para além do capital, Mészáros mostra aos educadores uma lição sobre o papel da educação, e suas possibilidades em contribuir na mudança social, bem como na manutenção da sociedade, coloca que pensar a sociedade tendo como parâmetro o ser humano tem que superar a lógica desumana do capital que tem seus fundamentos, no individualismo, no lucro, e na competição.
Com a experiência que teve durante longos anos de estudo, cita desde Paracelso a Fidel Castro, passando por Adam Smith, John Locke, Robert Owen e outros, Mészáros recorre aos argumentos de Marx e Gramsci, faz uma análise histórica e coloca que os fatos e dados são os que menos importam das idéias que orientaram as políticas educacionais no capitalismo. Como educador acredita na educação como possibilidade de mudança, mas deixa claro que a educação por si só, não é capaz de mudar, ou seja, transformar a sociedade.
Em um outro momento Mészáros trata da necessidade de mudanças, que deve ser essenciais e não formais, onde é fundamental a alteração do sistema de internalização da posição em que os indivíduos estão na hierarquia social. Nesse caso, cabe analisar se os processos de aprendizagem têm sido capazes de desenvolver a auto-realização dos indivíduos ou se a ordem social alienante do capital tem o limitado. Partindo da idéia de que na tradição marxista a auto-alienação do trabalho é encarada como uma tarefa educacional, onde o autor defende uma sociedade de produtores livremente associados, pois o papel da educação é fundamental, seja para mudar as condições de reprodução, ou seja, para mudar os indivíduos com o objetivo de concretizar uma nova ordem social.
A concepção de uma educação que vá além do capital está fundamentada em uma ordem qualitativamente diferente, o sistema do capital consiste na alienação de mediações de uma segunda ordem que são impostas e que sem elas não conseguiria sobreviver. Essas mediações seria o Estado, o trabalho a partir de sua subordinação ao capital e a relação de troca orientada para o mercado. Para uma nova realidade composta por indivíduos livremente associados, o autor aponta a automeditação, de forma inseparável do autocontrole e da auto-realização, atingindo assim por meio da liberdade e da igualdade.
István Mészáros em Educação para além do capital desperta em seus leitores uma nova visão de mundo, uma nova forma de compreender e de pensar.

2 comentários:

  1. Boa resenha só há um erro, a apresentação do livro foi feita por Emir Sader e não por Mészáros.
    abraço

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  2. Texto mal pontuado e com alguns problemas de conectivos também.

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