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Sou uma pessoa que ama a vida, a família e os amigos. Funcionária pública e estudante do curso de pedagogia da UNEB-Universidade do Estado da Bahia/Campus X -Departamento de Educação.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E ESCOLA.

Em uma sociedade organizada existe pessoal que não adaptam a certa ordem imposta, surgindo assim os conflitos que são inevitáveis. Para resolver tal problema, Durkeim coloca que existe um fator importante que pode de certa forma integrar o indivíduo à sociedade, nesse caso Durkheim estava falando da Educação que aparece na sociedade como o papel de evitar a contradição entre os interesses pessoais e os sociais. Segundo Durkeim, Paulo Meksenas, p.40 A educação, ao socializar o indivíduo, mostra que sozinho, o ser humano não sobrevive, e que para conviver na sociedade é impossível sem a educação. Para Mannheim a sociedade, educação e a escola também se enquadram no pensamento conservador, segundo ele não é preciso mudar a sociedade para um novo modo de vida, mas que a sociedade capitalista, sendo bem planejada seria democrática possibilitando assim oportunidades para todos. Mesmo a escola dando oportunidade às crianças das classes menos favorecidas a estudarem, está longe de essas crianças terem a mesma oportunidade que as crianças das classes dominantes, as nossas crianças tem dificuldade na aprendizagem, devido ao meio que vive o que é ensinado não é vivo por elas. Não é a mesma linguagem usada no seu dia-a-dia, ao contrário das crianças das classes dominantes que convive com a linguagem em todo momento. Exemplo disso foi às visitas que nós alunos do curso da pedagogia fizemos as escolas, vimos que nas escolas particulares as crianças tinham acesso aos melhores livros, uniformes padrões (limpos e em bom estado), materiais escolares de primeira qualidade, professores capacitados e auxiliares para ajudá-los, uma excelente estrutura com piscina, quadras, biblioteca, laboratórios de informática, enfim muitos atrativos para levar aos alunos a uma excelente aprendizagem, ao contrário das crianças dos bairros pobres de nossa cidade, que vão para a escola com fome, mal vestida, com um chinelo de uma “cor e outro de outra cor”, ou com sapatos em péssimo estado, muitas vezes com cadernos usados, por não ter condições de comprar novos, e se depara com uma sala de aula em péssimas condições e professores mal preparados. Essa criança não tem como conseguir competir para entrar na universidade, para conseguir um bom emprego, então surge o que foi colocado por Paulo Freire, Cuidado escola, p.36,39. “A escola reproduz a divisão da sociedade em categorias sociais distintas”. “apesar de toda boa vontade e de todo o esforço de alguns professores, a realidade é que é o próprio funcionamento da escola que seleciona e elimina”. Nos anos 70 de acordo as pesquisas cerca de 50% dos alunos das escolas primárias se encontravam em condições de semianalfabetismo ou de analfabetismo, sem levar em contas as crianças que em idade escolar se encontra fora da sala de aula se envolvendo no mundo da criminalidade, o que acontece ainda hoje com nossas crianças que por está fora da escola acabam se envolvendo em pequenos crimes e se aprofundando cada vez mais ao ponto de muitos perderem as suas vidas ao decorrer disso. Para explicar à questão da marginalidade as teorias educacionais classificam em dois grupos, onde o primeiro coloca que a educação é um instrumento de equalização social, sendo uma das formas de superação da marginalidade. No segundo grupo a teoria coloca que a educação é um instrumento de descriminação social, um fator de marginalização, devido as classes dominantes deter maior força, apropriando dos resultados da produção social, tendo conseqüência levar os demais à condição de marginalizados. Nesse sentido a educação, longe de ser um instrumento de superação da marginalidade, se converte num fator de marginalização.
Bibliografias:
FREIRE, Paulo. Cuidado, Escola! . 32ª ed.
MEKSENAS, P. Sociologia da Educação: Introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. 11ª. ed. São Paulo: Loyola, 2003. p.13 -38 .
SAVIANI. D. Escola e Demografia. Ed. Cortez Editora. Campinas, SP 31 ed. 1997.

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